quinta-feira, dezembro 28, 2006

O fim do ano


Pronto! Ele aí está - 2007 aproxima-se vertiginosamente de mim e eu não tenho resoluções de ano novo... Uma chatice, um aborrecimento!
Sei onde vou estar, com quem vou estar e o que vou beber à meia-noite do dia 31 de Dezembro e mais não sei.
Ah, sei também que num tal dia de Fevereiro vou votar num tal de "sim" a ver se o país se torna um bocadinho mais civilizado e do chamado "1º mundo", de uma tal de Europa desenvolvida...
Sei que, pelo menos no inicio do novo ano, me espera muito trabalhinho - o que já não é mau, dado o desemprego que por aí anda - e sei decerteza que dois ou três amigos estão definitivamente comigo, faça eu o que fizer (o que também não é nada, mas nada, nada mau!).
Sei também que vou pagar mais impostos e que logo no dia 01 de Janeiro tudo estará mais caro. Espero não ter necessidade de pôr gasolina no carro no dia 31 de Dezembro, porque já sei que se o fizer vou encontrar as bombas todas cheias do portuga que quer aproveitar uns cêntimos ao litro na gasosa. Dia 01 já está mais cara, sabem?
Mas não sei mais nada do que me espera. E é essa a essência da vida, podem-me voces dizer, mas para mim sabe a comichão na espinha... Mas também, a verdade é que andamos todos nesta mesma viagem, inclusivé aqueles que consideram o adquirido como eterno.
FELIZ 2007 A TODOS OS MEUS AMIGOS (a todos mesmo todos, não só aos tais dois ou três referidos anteriormente). De maneiras diferentes, com intensidades diferentes e em momentos diferentes, são todos importantes e imprescindiveis para mim. Obrigado por viverem comigo 2006; continuem por perto em 2007.

domingo, dezembro 10, 2006

Para nós, Gajas!

Dança com o varão. É isto que as mulheres de hoje podem escolher fazer quando vão a um ginásio, para além de toda aquela enfadonha ginástica localizada e de manutenção. Um tipo de aula ainda não completamente difundido no nosso país, mas que começa a aparecer. E se a regra base da economia se confirmar, continuará a proliferear, pois há cada vez mais procura. Trata-se de uma espécie de aula de striptease, mas sem a parte do strip, pelo menos em situação de aprendizagem, entenda-se :)
Esta constatação não foi para mim uma completa novidade, mas ontem tive a confirmação através de um telejornal, onde se explicava o funcionamento da arte em questão - "No primeiro nível aprende-se a descer. No segundo, a voar. No terceiro, aprende-se o mais difícil: a subir."
Danças eróticas. É isso que as mulheres de hoje procuram. Não só para exercitar o corpo, mas também a alma, em busca não só de satisfazer um companheiro, mas principalmente elas próprias. Porque se há uma coisa que nos faz sentir bem é sentirmo-nos sensuais. E a dança é um veículo de excelência para isso. E se for com um varão, tanto melhor.
Será que o ginásio que eu frequento vai ter estas aulas? Ou é agora que eu desisto da maldita inscrição e parto para outra? É que esta formação não me escapa...

domingo, dezembro 03, 2006

Eu, tu e o vizinho :)


Quando acordei no dia 01 de Dezembro e liguei a televisão, apercebi-me. Era o dia nacional de luta contra a Sida, portanto o assunto era explorado pelos noticiários de todos os canais televisivos. Os números deveriam ditar o medo, mas a verdade que transparece nas atitudes mostra que esses números de pouco servem quando lançados à consciência das pessoas.
A Sida já matou mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo e, tirando os casos de infecção por transfusão de sangue, partilha de seringas ou transmissão mãe/filho, a verdade é que esta é uma doença de carácter essencialmente sexual.
Muito se tem falado sobre o livre acesso aos preservativos, à educação sexual nas escolas, na falta de informação que ainda existe... Mas sejamos sinceros... Tirando uma percentagem que poderá abranger todos esses casos, mais os casos de acidente, a verdade é que aqueles que todos os anos aumentam o número de infectados em Portugal são os mesmos que tem relações sexuais desprotegidas - eu, tu, o nosso vizinho: todos nós. Ou seja, pessoas com acesso financeiro suficiente para comprar preservativos, que sabem como os usar e que percebem perfeitamente a importância em os utilizar.
O sistema nacional de saúde poderá, eventualmente, avaliar o número de toxicodependentes e prostitutas portadoras do vírus através de campanhas, mas nunca saberá o número de casos realmente existente, porque as pessoas como eu, tu e o nosso vizinho não fazem o teste. Porque acham que não tem motivos para o fazer. E, eu, tu e o vizinho, multiplicados por muitos mais "eus", "tus" e "vizinhos", dá muita gente, não dá?
Foder não custa. Mas ser fodido por causa disto deve ser... fodido!

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