sexta-feira, outubro 12, 2007

Um devaneio a favor do alcoolismo

Há tantas coisas que podia dizer. Mas só se devem dizer coisas quando se tem a certeza de ter um ouvinte à medida. E tu não o és, já o mostraste tantas vezes. Mas há coisas que são precisas dizer. Preciso de te dizer que te amo. Estás a a ouvir? Estás aí? Ou é só o eco da nossa co-existência? Eu sei que não. Eu sei que me ouves. E que respiras para dentro. Preciso desse folego. Há vezes que estou a asfixiar, e preciso desse ar. É o nosso ar. Não o tornes só teu.
Um dia, quando olhar para trás, sei que vais sempre lá estar, com o ar sereno que sempre tiveste. Para mim. E eu estarei lá, sempre, em busca do ar que insiste em nos consumir, mas lá. Sempre. No passado. E no presente? Arrisco em perguntar - no futuro? Sempre.
Em casa... Depois de uma noite... Com muito alcool, muito devaneio e ele. Sempre ele.

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