sexta-feira, junho 15, 2007

Só por querer


“(…) Medíamos forças num combate em que cada um jogava os seus trunfos e pretendia vencer. Sem saber para quê ou porquê. Só para vencer, para sentir o gosto da vitória, pôr o outro a seus pés. Eu quero-te não por isto ou aquilo, não por aquilo ou por isto, mas só por querer, para sentir toda a pura violência da vontade do poder. Exijo que me reconheças, só isso. Mas, aviso-te, mal me reconheças mostras a tua fraqueza e desprezo-te por isso. Continuarei a procura, sempre a procura, porque o gosto da vitória traz consigo o gosto amargo da derrota. Aqui é assim. Aqui nada se sustém senão em movimento contínuo. Aqui falhamos sempre o outro.”


Pedro Paixão, Ladrão de Fogo, 2005

sábado, junho 09, 2007

Do Creamfields ao Oeiras Alive


Fui ao primeiro dia do Oeiras Alive. Motivação: Pearl Jam. Preocupações? As de sempre, neste tipo de eventos - estará muita gente para entrar? Haverá casas de banho suficientes? Quanto tempo demorarei a pedir uma miserável comida e uma cerveja? Quer dizer - várias cervejas, ao longo da noite... Enfim, tudo arrumadinho, as minhas preocupações podem ser chamadas de "bichas". Ou "filas", como preferirem.

Nos últimos anos tenho ido a alguns concertos, festivais, festarolas e coisas do género que abarcam uns milhares de pessoas e tenho comprovada para a minha pessoa que esta malta adora uma boa filinha e isso simplesmente dá cabo de mim... Portanto, aqui a minha derradeira esperança era - pode ser que este Oeiras Alive esteja mesmo bem organizado em relação a essas questões. E não era que estava mesmo?

Começando pela entrada - que fiz perto das 18h da tarde - não esperei mais de uns 5 minutos. E porque? Porque a organização baniu o "bicheza", colocando várias entradas paralelas, assim ao estilo de portagens e, desta forma, a malta "compactava-se" junto à porta, mas num raio consideravel, delimitado como uma estrada.

As casas-de-banho, que eram de loiça verdadeira e não aqueles malfadados contentores plásticos, eram mais que muitas. Arrisco mesmo a dizer que eram bués. Portanto a hora do chichi não era propriamente problemática, tirando, claro, as alturas entre os concertos. E sim, ai confesso que tive de procurar um cantito, mas também, eram bués mas não uma por pessoa, ok? Ah! E tinham papel - muito papel higiénico havia por ali!

Comer sentadinho numa mesa também não foi dificil. Claro que evitei aquele horário do jantar, que a malta está num festival, mas o relógio que todos temos no estomâgo não sabe disso, portanto ninguem me panhou a trincar nada entre as 20h e as 22h. Eram umas 18h/19h e tive que optar entre as várias iguarias ali dispostas em barraquinhas, roulottes e afins. Comerzinho não faltava e cerveja também não. Sagres.... Tipo, um dos patrocionadores oficiais. Mas isso não me impediu de encostar a barriga ao balcão e dizer - "É uma Super Bock!" A coisa não pegou, claro. Se calhar porque: Não havia! Mas o empregado riu-se. Achou-me piada :)

Quanto à cerveja - que todos nós sabemos ser um ingrediente indispensável a qualquer acontecimento do género - depressa me habituei à Sagres, principalmente porque era fácil chegar a um bar, pedir, pagar e beber! E porque? Porque o que não faltavam eram bares enormes nem empregados, a pessoa pedia, pagava e levava a sua cervejinha. Rápido, simples e eficaz.

Quanto aos concertos, falo apenas de Pearl Jam, que voltou a arrebatar o público com uma exibição excelente à qual já me habituei. Apenas alguns comentários - finalmente o State of Love in Trust (soulmate); o português do Eddie está cada vez melhor (que se fod* Madrid provou-o) e "Oporto is waiting for you", para todos verem! Muito bom :)

Ah, há uns tempos atrás também fui a um tal de Creamfields, que prometia música, experiência e muito etc - esse muito etc foi impossivel - muita bicheza! A música foi razoável, mas Placebo um bocadinho decepcionante e a única experiência mesmo agradável foi não ter pago para ir. Diverti-me, é certo, até porque sou uma pessoa reinadia, mas para um evento com tanta publicidade, ficou um bocadinho abaixo das expectativas criadas. Para a próxima, invistam menos em publicidade e marketing e mais em qualidade e soluções práticas. A malta agradece e promete que vai!

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