O fim do Ano!

E pronto... Depois do Natal esperamos pelo fim do Ano. Ou melhor, esperamos pela festa da Passagem de Ano - desde que não seja a ver os deprimentes programas que a televisão portuguesa faz questão de nos arranjar - senão mais vale não esperar... 'Dass, que aquilo é mesmo muito mau (sim, já vi alguns, há não sei quantos anos - não mudaram muito desde essa altura, decerteza absoluta!)

Tirando esses programas cujo objectivo é animar malta (!!??!!?) e que tem repercussão o resto do ano sob o formato manhã - Praça da Alegria - e tarde - Portugal no Coração - a Passagem de Ano é uma época bem animada. Contudo, há sempre pessoal que não sabe o tipo de festança que quer fazer ou para onde há-de rumar. Como não quero ninguém a trabalhar para a depressão, frente à televisão, deixo aqui algumas sugestões:

1. A Madeira - Na Madeira a Passagem de Ano é levada bem a sério. Trata-se de uma altura em que a ilha toda se prepara para este evento. Tal preparação só se vê no Carnaval, mas isso tem uma explicação óbvia - com o palhaço que tem a reinar, quer dizer, a presidir o Governo Regional, é claro que o Carnaval é uma época mui apreciado pelo seu Rei, quero dizer, governante, e respectivos súbitos, ou melhor, pela população. No fim d'ano também é possível ver o sujeito, a apreciar o fogo-de-artifício que paga com o dinheiro do continente que ele tanto despreza. Só é pena não enviar para esse mesmo continente uma parte da verba que faz com os turistas nesta altura do ano...

2. O Porto - Há sempre festa rija nestas bandas. Enche-se a Ribeira, enchem-se os bares e discotecas, enchem-se as ruas. Principalmente junto à Câmara Municipal, para ver o fogo de artifício que o Dr. Rui Rio prepara para a populaça (quê? não é ele o fogueteiro?). Isto é, se não houver um apagão... Desde que isso aconteceu, que há um medo a pairar na noite... É que sem fogo a festa não é a mesma para a malta da Invicta!

3. Em Lisboa - Os concertos, sempre os concertos na noite de fim-de-ano em Lisboa. E já não é mau! este ano, pelo que pude apurar, os lisboetas vão poder ver os Gift e os D'zrt. Eu acho bem - juntar os vencedores do Prémio MTV para melhor banda portuga com a malta dos Morangos Com Açucar. E eles, o que acharão disso? E quem os vai ver, o que achará? Fica a questão.

4. O Algarve - Pelo que já ouvi, há muita gente a rumar a sul nesta data. Entende-se: o Sol, as praias, o bom tempo - tudo aquilo em que esta região é boa. Só é pena ser Inverno... Mas há sempre os bares e as discos, que não devem estar tão apinhados de ingleses ou australianos, mas mesmo assim, bem compostinhas pelos portugas...

5. A Serra da Estrela - Ora aqui está: a neve, o frio, o gelo, o nevoeiro, o vento, o granizo, a chuva... e um sítio completamente cheio de familias, todas a quererem gozar os rigores do Inverno. É uma boa opção, mas segundo me informei, já não há muitos quartos para pernoitar. Está tudo alugado. Principalmente os melhorzitos, ou seja, os mais carotes. Crise? Qual crise?

6. O Gerês - Para quem procura uma Passagem-de-Ano tranquila, sem muitos sobressaltos, junto a uma lareira acessa, a comer petiscos e a ouvir os emigrantes a dizerem "chega-me a botelha do vin", é um óptimo local. Agora, não esperem muito mais que isto. Não há agitação - nem nos bares. Ok, há alguma agitação. Mas não é grande coisa... É do tipo: "Eh, 2006!" e pronto.

E são estes os meus conselhos. Escolham bem. Se optarem por ficar em casa com uns amigos, a beber uns copos e a trincar umas coisas, não se esqueçam - Nada de televisão!

Um feliz 2006 para todos, são os meus votos sinceros!

Ah, e uma noite de arromba!

Desde a última vez... Estamos quase no Natal!!!

Sim, estive ausente. Durante uns dias nem tempo tive para vir actualizar o meu blog, mas agora cá estou eu.

Antes de me "atirar" ao propósito que me leva a colocar um novo "post", queria só dar uma resposta à minha questão "Será que o Nuno Markl vem ao Porto fazer sessões de autógrafos?" - Veio sim senhor, e eu estive com ele :) E que engraçado que foi chegar ao pé dele e dizer - "Olá Nuno, sou a Morgana!".

Bem, passado isto - e pronta para as bocas foleiras que já se preparam para disparar - vamos ao real propósito do "post":

Como já devem ter dado conta, estamos perto do Natal, essa época maravilhosa de encontros familiares, partilha e comunhão, solidariedade, esperança e paz. Ou seja, tudo aquilo que encontramos e podemos apreciar de perto quando estamos num centro comercial apinhado de gente que se empurra e despreza mutuamente, na busca "daquela" prenda... Ah, e altura de Pais Natal pendurados nas varandas e janelas de todo o Portugal, em substituição da bandeira nacional que apoiava a selecção!!

E é isso que é o Natal actualmente - prendas. Ok, não é só isso - prendas e comida. Ok, se podermos juntar a familia para abrir as prendas e comer, melhor. Mas mais do que isto (salvo as raras excepções - assim todos ficam satisfeitos!), não é.

Invariavelmente ouvimos que, acima de tudo, Natal tem a ver com familia. E ainda bem. A familia junta no Natal é importante - sabemos com o que contamos, e isso é reconfortante. Sabemos que da Tia Mimi recebemos mais um par de meias e um conjunto de panos da loiça, também sabemos que o primo de 10 anos vai chorar baba e ranho quando perceber que após abrir trezentos e não sei quantos embrulhos, não vai receber "aquele" jogo para a Playstation. Sabemos ainda que os avós nos dão um dinheirinho que vai direitinho para gastos alcoólicos na passagem-de-ano e que a fava do bolo-rei vai para o pai - que é como quem diz - paga a despesa... Ah, e vai sempre haver um levantamento de um qualquer assunto do passado que deixa um ente familiar à beira de um ataque de nervos e que só não explode porque... é Natal! E bêbados - uma ceia de Natal que se preze conta sempre com a presença de alguém que abusou do champanhe ou vinho do Porto. De preferência homem (que a mulher está sempre ocupada com as pilhas de loiça suja que se faz por estas alturas), meia-idade, camisa aberta e fio de ouro a fazer-se notar!

Eu adoro o Natal!