quinta-feira, novembro 19, 2009

E filhos?



Cá vou eu insistir num assunto que me persegue e para o qual só tenho estas expressões: ESTOU FARTA! "DESLARGUEM-ME"!

E a "farteza" tem por base esta simples questão: E filhos?

Pois para que fique registada e definitivamente concluída esta questão:

Eu sei que tenho 31 anos (aparentemente uma idade avançada), que sou gaja (o que parece que me confere assim uma vontade inata em procriar), que essa é a ordem natural das coisas (sim, há pessoas que verbalizam que é esta e só esta é a ordem natural das coisas) e que ter filhos é assim a melhor coisa do mundo. E arredores. Será?
Pois bem, tenho a informar que eu sei isso tudo. Já ouvi isso tudo. Desde os meus, vá lá, 25 anos que oiço essa cantilena. E também escusam de me lembrar que estou com o meu namorado há muito tempo e que "está na altura". Assim como está na altura para os meus pais serem avós. E todas as demais argumentações que queiram usar, como aquela hilariante de que eu sou uma pessoa muito responsável.

É que... Honestamente: eu começo a achar que corro o sério risco de nunca vir a ter filhos apenas e só para irritar e provar a todas essas pessoas que essa não é a ordem natural das coisas e muito menos a única e que uma gaja pode não ter esse como um objectivo de vida e ser - espante-se - realizada! E feliz!
Não ter filhos para "irritar e provar" seja o que for a alguém é uma coisa parva de se fazer, mas raios me partam - Para já: tenham voces os filhos e sejam felizes e realizados voces com eles! Parabéns! E votos de saudinha!

Eu só quero dizer que efectivamente não sei. Não sei se vou ter filhos ou tão pouco se quero ter filhos. E não saber é também uma forma de estar na vida.
Mas uma coisa eu sei. Sei que a minha condição de mulher não depende disso para ser feliz. E isto eu não sei, mas tenho sérias dúvidas que seja assim uma coisa muito acertada pôr filhos neste mundo, dada a crise, a instabilidade a vários níveis e tudo o mais. Assim como não sei se é efectivamente a "melhor coisa do mundo", porque às coisas todas que o mundo tém para oferecer, teria de as experimentar primeiro para depois opinar e escolher a "melhor".
Ás vezes, ter filhos, parece-me mais um acto de egoísmo do que propriamente de amor, mas enfim... Essa já será uma outra conversa. E para a qual eu não devo ter as qualificações necessárias - podem alguns considerar, visto que nunca pari.

No entanto, não quero acabar este desabafo sem antes deixar aqui algumas hipóteses de conversação comigo, para aqueles/as que não sabem o que me perguntar quando me encontram. Porquê que não me perguntam antes coisas deste tipo: Tens viajado e conhecido outras culturas? Tens estudado e contribuido assim para a tua formação? Tens tido projectos interessantes a nível profissional? E espectáculos, tens ido a alguns interessantes ultimamente?"...

Gostava muito que deixassem os meus óvulos em paz.
Eles agradecem. E eu deixo de revirar os olhos e passar por uma "gaja esquisita" cada vez que respondo à teimosa pergunta que se parece impor perguntar a quem tem trinta e poucos anos e uma vagina.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Uiui.... Um isqueiro... Isso agora é que já é pior...



Fui ver Rammstein ao Pavilhão Atlântico.
E foi um bom concerto.
Mas o que me leva aqui a escrever não é o conteúdo do concerto, mas sim a segurança imposta à entrada do mesmo.
Isto é - eu entendo, aceito e até apoio as medidas de segurança que agora todos/as nós somos alvo quando vamos a concertos. Mas daí a ficarem com os pertences das pessoas...
Desta vez foram alvo os isqueiros. Não o meu - que eu disse que não tinha e ela acreditou, depois de verificar o conteúdo da mala e de me apalpar os bolsos. Enfim...
Alguém me saberá explicar o porque dos isqueiros? Eu fiz um rol de hipóteses na minha cabeça, mas não sei... Vejamos:
a) É proibido fumar no Atlântico - sacamos os isqueiros à malta e acabou-se o tabaco! (engenhosos, mas há sempre alminhas como eu, que até tem um isqueiro que passa);
b) Estas pessoas que vieram ver o concerto podem começar a "amandar" os isqueiros à tola dos membros da banda, que morrem! (patético, mas possivel, claro!)
c) Estas mesmas pessoas podem começar a "amandar" isqueiros uns aos outros e morrem todos (tão possível quanto a anterior)
- Nota à alinea b) e c) - ao preço a que estão os bilhetes para os concertos, duvido que alguém invista num evento destes com sedentas e sanguinárias ideias de violência para por em prática... Mas nunca se sabe, é certo.
d) Havia tanta chama naquele palco, que eles consideraram desnecessário que cada pessoa tivesse a sua própria fonte de lume. Querem lume? Peçam no palco! (credivel, esta)
e) Para haver aquele lume todo em palco, tiveram que recorrer a milhares de isqueiros para o fazer (um bocadinho forçada...)
f) Esta banda tem baladas? Não? Então isqueiro não entra, que não há cá musiquinha para o usar (e sendo que não se pode fumar, para que que querem o isqueiro, humm?)
g) Vão-me dizer que não conhecem aquelas pessoas a quem o isqueiro explodiu nas calças durante um concerto de Rammstein?? Ui, aquilo é que foi...
h) Pah... Tanta letra mais do alfabeto que poderia enunciar aqui mas honestamente parece-me que não consigo chegar a uma justificação plena de satisfação.

Se alguém me souber explicar esta norma de segurança, agradecia. Alguém?

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