sexta-feira, janeiro 30, 2009

Parem de procurar - já se sabe a causa da crise!



É isso mesmo que leram no título: a busca de explicação para a crise que aí anda está encontrada, podem parar de se questionar sobre coisas como economia mundial, falência da banca ou encerramento de empresas e consequente desemprego crescente.
A causa disto tudo é tão somente o DIVÓRCIO. Sim, leram bem - é o divórcio o culpado e a explicação para a crise que anda por aí. No mundo todo, pelo que dizem. E está bom de ver que essa explicação saiu de uma mente iluminada do nosso país...
Quem é então o autor desta teoria? Sugestões? Vá lá... Não é assim tão difícil, se pensarmos bem...

Vá, e agora que todos já se debruçaram sobre o assunto: quem achou que essa teoria saiu da cabeça não menos iluminada do Cardeal Policarpo, andou perto - excelente raciocínio e associação de ideias, mas não foi.

Quem se lembrou no nosso Presidente da Republica, acertou em cheio! Pois bem, segundo Cavaco Silva, a coisa explica-se mais ou menos assim: "Dos contactos que tenho mantido com dirigentes de instituições de solidariedade, recolho informações que a maioria dos casos de novos pobres está associada a situações de divórcio", afirmou o chefe de Estado. Ou seja, esta escassez de dinheiro que para aí anda não se deve a nada dessas coisas que ouvimos todos os dias, tais como desemprego, salários baixos, condições e contratos de trabalho precários ou endividamentos por créditos pessoais que durante anos fizeram acreditar os portugueses (e não só) que os mesmos eram não só fáceis de obter, como também fáceis de pagar.
E claro que o nosso Presidente não se ficou por ali, sublinhando que essas mesmas informações apontam para que "esses casos tenderão a aumentar com a nova Lei do Divórcio". A nova Lei do Divórcio foi promulgada a 21 de Outubro pelo Presidente da República, depois de um primeiro veto ao diploma em Agosto. E todos sabemos que moralmente ele nunca a aprovou. Pronto, agora arranjou a maneira ideal de fazer aquilo que os miúdos fazem, ao estilo - eu avisei, eu é que tinha razão, nhanhanhanha...


Eu acho esta visão do nosso Presidente espectacular. A sério. E é de aproveitar tamanho ensinamento, senão vejamos - basta não casar e assim nunca incorrer na possibilidade de divórcio para nos mantermos à tona e a crise nos passar ao lado. E se nos casarmos, basta mantermos esse compromisso - independentemente de todas as razões que possamos achar que temos para um divórcio, mesmo que as mesmas passem pela violência, abuso ou outro tipo de humilhação - para igualmente se afastarem as hipóteses de crise das vossas vidas. Financeiras, pelo menos. As restantes são para aguentar, já se sabe.

Portanto, isto resumindo e concluindo é mais ou menos assim: um casal, que trabalhe na mesma fábrica, que vai fechar e despedir toda a gente, com não sei quantos salários em atraso, filhos na escola, carro e casa para pagar, cujo marido bate na mulher que entretanto se tornou numa alcoólica e mais não sei o quê, tem bom remédio para não se tornar num "novo pobre" - manter-se casado. Que a coisa passa.
Um/a solteiro/a na mesma situação, sem cônjuge para se entreter ou infernizar nem filhos para criar ou maltratar, mas só, sem emprego e despesas para pagar, à partida também se safa. Se a coisa começar a apertar tem bom remédio e que é... Claro - casar-se e manter-se assim, no matter what!
Todos os gays e lésbicas estão safos - não se podem casar, logo não se podem divorciar. Se a coisa a apertar já sabem - deixam-se de esquisitices e casam-se com alguém do sexo oposto, e para sempre, nada de divórcio senão já sabem...
Os que optam por viver em união de facto também parece que se safam, já que não há a figura jurídica de divórcio para estes casos. Ou seja, se o futuro me reservar uma separação - eu safo-me :) Independentemente, claro está, de ter partilhado tudo com essa pessoa e desse cenário necessariamente se alterar com uma separação.
Os viúvos e viúvas deste país, sempre a lamentarem-se das baixas reformas também tem aqui a salvação - casar novamente até que a morte os separe novamente e assim sucessivamente, a ver se se deixam também de tantas lamúrias, que vão desde o preço dos medicamentos ao péssimo estado das habitações alugadas a um senhorio que não faz obras porque a renda é de 500 paus há mais de 30 anos...
Depois digam que andam em crise. Só andam se quiserem pah!

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Andar de STCP


Quando tenho que me deslocar dentro do Porto é habitual usar o autocarro, quando o metro não me leva onde preciso. E sempre que faço isto (ou quase sempre) acontece uma situação que me deixa a matutar.
A chamada terceira idade gosta muito de andar de autocarro. E eu não tenho nada contra isso. Mas não posso apreciar aquela atitude que TODOS tem em se sentar nos bancos junto ao corredor, deixando os da janela livres e, basicamente, impedindo a passagem de quem se quer sentar. Vai daí, há sempre duas coisas que podem acontecer: ou vai meio autocarro sentado mas só nos bancos junto ao corredor e as restantes pessoas de pé ou, alguém mais espevitado pede licença para passar e se sentar no banco junto à janela e, a terceira idade que com todo o direito veio dar uma voltinha à Baixa, faz um grande esforço para facilitar a passagem e, muitas vezes justifica o seu critério de escolha de lugar dizendo - "É que eu vou sair primeiro"...
Gostava aqui de dizer que não lhes reconhecia essa habilidade de previsão do futuro. Fico feliz por eles mas mesmo assim esta teoria em que assim tem mais facilidade em sair quando querem, deixa-me confusa. É que se enganam muitas vezes (já para não dizer que acho foleiro só pensarem neles) e depois lá está - mais um esforço para se voltarem a desviar e deixar sair a pessoa que foi espevitada e se sentou junto à janela e que, no fim das contas, até saía antes deles.
Porque que é que será que fazem isto? Será que acham que se se sentarem junto à janela e depois alguém se sentar ao lado deles - trancando-os! - nunca mais conseguem passar para o lado de cá? Será que acham REALMENTE que vão perder sempre a oportunidade de sair onde querem, andando infinitamente no 600 que vai para a Maia?
E já agora... Alguém me pode dizer se por alguma arte mágica eu me torno invisível nas paragens dos autocarros? É que quando o dito cujo chega, parece que ninguém vê que eu já lá estava...

terça-feira, janeiro 27, 2009

Não gosto nadinha de favas...

Não resisti! Obrigado João por me fazeres rir num dia de chuva cinzento e trabalhinho qb :)

Um peregrino a caminho de Fátima pernoita na casa duma viúva.
A meio da noite, ela vai ter com ele toda nua !
Ele com medo de pecar foge e vai confessar-se. O padre diz-lhe que vá para casa comer 5Kg de favas.

- Sr. padre, eu não sou um cavalo…

- Mas és burro! Primeiro f*****, depois é que te confessavas!!!

2009, frio e crise!


Ah, 2009. Sim, eu ando sempre a matutar nesta coisa de "ano novo - vida nova" até meados de Fevereiro. Depois passa-me.
E cá estamos nós, todos contentes depois da meia noite de 31 a pensar e a esperar com muita força que este seja "O" ano. Assim como esperámos de todos os outros que já passaram e vamos esperar sempre daqueles que estão para vir. Esperança - uma coisa que realmente mantém o pessoal com ânimo. Somos fantásticos :)
Quase no fim de Janeiro apetece-me falar do frio - tem estado um frio do caraças e a malta vai-se amontoando nas beiras do IP4 ou lá onde é para ver a neve. Enfim...
Dizia uma amiga minha no outro dia - "Mas qual aquecimento global? Que grande treta que nos andam a pregar" e eu fiquei a pensar nisso e nos ursos polares que parece que dizem que vão desaparecer. Eles que venham para a neve que fez com que as crianças de Baião não fossem à escola uns dois dias e as do Porto achassem isso injusto. Tipo avaliação dos professores - devia ser para todos.
E se juntarmos ao frio a crise que para aí anda... Ui, então ficamos mesmo enregelados e desejamos que o raio do aquecimento global não se tenha esquecido de nós.
Uma coisa sabemos - com frio ou sem ele, com crise ou sem ela, há 12 meses que se estendem à nossa frente (bem, 11 e picos para ser mais precisa, visto que eu estou a escrever isto no fim de Janeiro) e só temos uma hipótese de sucesso se nos atirarmos a eles com garra. E uns pózinhos de esperança :)
Dizia outro amigo meu - "Até quando podemos desejar um bom ano às outras pessoas? Até meio de Janeiro, só nos dias imediatamente a seguir a 31, só na meia noite de 31?". Bem, eu isso não sei. E por isso, correndo o risco de estar a roçar a excentricidade, aqui vai - FELIZ 2009 A TODOS - votos realizados a 27 de Janeiro de 2009. Que grande maluca!

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