domingo, janeiro 22, 2012

Reencontros

Sinto-me como a adolescente que em 1994 deixou um rapaz no Campo das Cebolas, em Lisboa e foi para sua casa, em Queluz.
O rapaz foi para o Porto, depois de uma férias no Algarve, em que conheceu a rapariga de Queluz.
Quando se separaram, a rapariga sabia que o voltaria a ver. Não sabia quando ou como. Mas sabia. E sabia que a sensação do reencontro seria fantástica. Ficou com o coração apertado quando o viu partir, mas sabia que o reencontro compensaria tudo.
E compensou. Em 1997 estavam juntos novamente. Até hoje.
Hoje, sinto-me como essa rapariga que vivia em Queluz. Com o coração apertado com a partida, mas já a projectar a alegria do reencontro...

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Podes trazer o Sol?


Não vou mentir - está frio, nevoeiro e o Inverno aborrece-me. Por vezes, tambem tu me aborreces.
Acordaste a meio da noite, acordaste-me a mim e tudo recomeçou. É a almofada que não serve, o despertador que não toca - ou que toca!, o pão que tem dois dias, a manteiga que acabou. É sempre alguma coisa - que é afinal coisa nenhuma.
As algumas coisas que são afinal coisas nenhumas tomam conta de nós. De ti, principalmente. E agora vou ficar eu, cheia de montes de coisas que afinal não são nada sem tu aqui estares. Coisas nenhumas que vão perder sentido e fazer falta. Muita.
Esquisito, não é?
Está frio e o Inverno aborrece-me - não vou mentir.
Volta rápido e que venha contigo o Sol!

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Copos e cenas. Coisas.


Incrivel! Não escrevo nada aqui vai para 1 ano. Revejo o último post e constato que o meu "eu" não se alterou substancialmente. Que o meu mundo circula mais ou menos pelas mesmas vias. Que aqueles que amo estão por perto. O que é bom.
Porém em 2012 acordei num país muito mais cinzento, cabisbaixo e triste. Andamos todos/as com a crise na cabeça e o credo na boca. E isso aborrece-me.
Chateia-me que continuem a insistir em campanhas do tipo "comprar o que é nosso" quando há uma debandada empresarial para a Holanda. Indigna-me que se façam essas campanhas porque o que seria das nossas exportações se a Espanha ou a França fizessem um apelo semelhante aos seus? Duvido muito desta ginástica de olharmos só para o nosso umbigo, mas ao contrário do outro senhor, sou uma pessoa cheia de dúvidas e engano-me muitas vezes.
Também me incomoda a solidariedade, tão enfeitada no Natal e agora tão abatida. A incrivel insistência de que é na pobreza que se engradece o coração arrepia-me a espinha. Há acções válidas, claro que as há, e necessárias nos tempo que correm, mas tenho para mim que as boas acções não abundam em publicidade e marketing...
E depois há os aumentos. Em tudo. Menos nos salários de quem trabalha. Não sei o que pode esperar um país assim, certamente a fasquia das expectativas está traçada muito por baixo. O que é triste, mas sempre nos vamos entretendo com pormenores como o Fado a Património não sei de que...
Mas há sempre quem esteja pior e encontramos sempre nisso um conforto que fazemos de conta não sentir. Mas sentimos. Não resolvemos nada, mas sorrimos. E empurramos a vida para a frente. Como podemos.

O copo está, afinal, meio cheio ou meio vazio?

Free Counters