Como se ama uma Morgana
A minha alma de gataria está mais triste. Muito mais triste. E espera desesperadamente animar-se...
Parte dessa minha alma - a Morgana - que é a minha gata, está doente e internada. E está tudo tão triste. Ela, eu, a minha casa... Tudo está mais triste e tudo espera desesperadamente pelo regresso dela. Que desejamos mais do que tudo.
Nada previa uma complicação tão grande e o factor surpresa bateu em mim como uma fruta madura que apodrece, caí da árvore e se esborracha no chão. Sinto-me assim: como se me tivesse atirado de uma altura considerável e esborrachado num chão duro e frio. É dos sentimentos mais aflitivos que alguma vez já tive e, ao mesmo tempo, um momento em que nunca quis tanto uma coisa como agora - que ela fique boa. Porém, há sempre um lado negativo e sombrio que insiste em me mandar lá para baixo, abaixo do chão duro e frio, e desde Sexta que vivo os meus dias com um nó na garganta, outro no estomago e outro no cérebro, que não me deixa comer, dormir, trabalhar... Posso com alguma certeza dizer que nunca estive tão triste como hoje.
É avassalador.
E deprimente.
E triste, de uma tristeza que eu não sabia que existia.
Mas existe e eu só quero que passe.
Só isso.
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