terça-feira, setembro 02, 2008

Mazelas em tempo de férias


Sempre achei que não havia injustiça maior do que a de ir de férias e ficar doente. Seja muito doente, pouco doente, com gravidade ou não. Seja lá o que for - é injusto.
Lagos, com o seu vento habitual, mar frio e vida nocturna que nos turva a noção racional das coisas, foi implacável comigo. E assim, a meio da minha primeira semana de férias - toma lá uma dor de garganta, a quem o médico do Hospital de Lagos apelidou de faringite. E para faringites não há cá injecções de penincilina milagrosas, que façam com que em poucas horas estejas operacional nos bares. Nada disso. Há antibióticos. De 8 dias.
Aviei o raio do medicamento e pensei: "Isto será religiosamente tomado até ao fim, com a única diferença que, mal me sinta melhorzinha, mistura-se com álcool...". E assim foi - durante os dois primeiros dias, não bebi álcool e emborquei os comprimidos direitinhos. Numa dessas noites, fui apenas jantar fora e na outra saí, mas não bebi álcool, absorvendo todos os conselhos que choviam - compra isto, faz aquilo, quando é comigo faço assim, há uma cena que é milagrosa e mais não sei o que... (nota mental: não voltar a sair sem poder beber álcool nunca mais na vida, porque passas a noite a sentires-te um alien, a ver os outros cada vez mais alegres e com um crescente de teorias para ti sobre os beneficios do álcool que tu - hello! - não podes/deves beber!)
Passada esta horrivel provação, lá fiquei melhor e assim sendo, tal como combinado comigo própria inicialmente, continuei com a toma regular do dito antibiótico, que alternava com as noitadas.
A coisa até estava a correr bem - a dor de garganta já estava lá longe - até que senti que estava a entupir. Dos ouvidos. Do esquerdo, mais propriamente.
As teorias surgiram logo - é água do mar, pula, salta, abana-te... Não valia a pena dizer que não me parecia ser água... Pula, salta, abana-te! E nada...
Parte da segunda semana de férias foi assim uma espécie de poço fundo, onde eu até ouvia os outros, mas fazia-me confusão ouvir a mim própria. O que é que eu fiz? Nada, ignorei - afinal não doía, o tempo estava bom, as noites ainda melhores. E eu até ouvia os outros... Mais ou menos, mas ouvia.
Na segunda-feira de volta ao trabalho fui ao médico. Resultado: uma otite. Sem dor, mas uma otite. O que é que aconteceu? A faringite, concerteza danada com o meu débil tratamento, fez questão de disfarçar e acalmou-se na garganta. Subindo para o ouvido. Foi o médico que me disse e eu acreditei. Mais uma semana de antibiótico.
Ainda podia também contar do dia em que fui para a praia de Porto de Mós e me entrou um grão de areia para o olho direito e que só desapareceu 3 dias depois, após muito soro fisiológico. Mas não vale a pena.
Moral da história - se estão à espera que eu diga que se deve tomar tudo direitinho e não beber álcool e ter juizinho e... O meu "moral de história" é o mesmo do inicio: é uma injustiça ter uma mazela que seja quando se está de férias!
Aparte destes episódios, acreditem ou não - foram umas férias fantásticas! Eu até diria mesmo - Amazing!

1 Comentários:

Às 03 setembro, 2008 18:30 , Anonymous Anónimo disse...

Estiveste muitíssimo bem! ;)

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Free Counters